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A Língua Nômade
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Ficha Técnica e Modo de uso:
PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 11/04/2025.
No universo poético de Diogo Cardoso, que vem se destacando como tradutor e estudioso de poetas surrealistas, uma só palavra é capaz de desfazer o céu em dois.
As páginas de A língua nômade se abrem para além dos limites do real e das imagens com que tentamos apreendê-lo normalmente.
Cada palavra é uma convocação para irmos mais além - do tempo, do espaço, dos sentidos.
Em seus versos, são desconcertantes os enlaces e desenlaces entre vida e imaginação.
Ou morte e criação, vigília e sonho, consciente e inconsciente, razão e delírio ? e essa lista de oposições poderia seguir facilmente, porque a poesia de Cardoso, sempre tão visual, musical, sensual, nunca deixa de ser tensa e inventar caminhos avessos.
Mesmo quando o leitor se depara com imagens que parecem velhas conhecidas - o sol é real, o amor é real, a fome é real, o corpo da amada é real - , num golpe rápido tudo escapa e não se deixa domar até que se aceite ir mais além com o poeta, até o ponto em que abandonamos nossos próprios limites e reconhecemos que há uma parte da vida (a mais viva!) que só pode ser captada pela imaginação mais desgarrada.
Essa língua nômade, que os versos de Cardoso buscam e consagram - língua dos atravessadores de desertos, língua das falésias mudas pendidas na garganta - , sopra como um vento rebelde contra as janelas fechadas do nosso mundo.