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Arquivo Das Crianças Perdida
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- Estava curiosa em conhecer suas impressões, Aline, que são sempre ótimas referências pra mim.Gosto de alusões e de literatura menos convencional, e não me incomodo em absoluto com as narrativas mais lentas, de caráter contemplativo, até mesmo circulares nas repetições e sobreposições de camadas. Entendo como histórias que se desenvolvem num movimento em espiral. Concordo inclusive sobre a possibilidade da analogia com o eco, ideia que perpassa todo o texto. Porém, este livro não funcionou pra mim. Não achei um livro difícil ou, melhor dizendo, eu gosto de livros que exigem do leitor, mas não me senti surpreendida e recompensada pelas experimentações que a autora faz.Exceção feita ao trecho "Cânion do Eco", que eu achei sensacional e que me tocou profundamente, o restante do livro me pareceu de uma redundância dispensável e cansativa.Em resumo, considerando tudo isso, tenho alguma dificuldade em avaliar o que sinto sobre ele. Talvez, uma releitura, noutra oportunidade, me faça ter impressões diferentes. Seja como for, muito bom seguir as leituras deste seu projeto. Estou gostando demais!
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Ficha Técnica e Modo de uso:
Mesclando a crise familiar com a crise política do país, Arquivo das crianças perdidas mostra uma empatia única com a situação atual.
Através de diversas vozes, sons e imagens, Valeria Luiselli cria um romance virtuoso.
Uma família viaja de carro de Nova York para o Arizona durante as férias de verão, com o objetivo de chegar até a terra dos Apaches.
No carro, eles passam o tempo como podem, com jogos e música, mas no rádio a notícia da "crise da imigração" não para de aparecer.
Centenas de crianças cruzam a fronteira do México para os Estados Unidos só para serem presas do outro lado ou pior, ficarem perdidas no deserto.
Conforme a família passa pelos estados do Tennessee, Oklahoma e Texas, a crise que eles mesmos enfrentam se torna mais clara.
Os pais se distanciam cada vez mais, e as crianças um menino e uma menina são puxadas para o abismo que se abre.
Um livro de temática ampla, Arquivo das crianças perdidas reflete a onipresença da "crise da imigração" ao deixá-la como pano de fundo constante - Luiselli nunca traz a política para o foco de sua narrativa, mas sempre a insere no contexto.
Arquivo das crianças perdidas é também uma crítica à tecnologia, uma análise sobre a volta do rádio como importante meio de comunicação, a estética vintage, entre outros.
Mas seu maior tema é a escuta: este livro mostra como precisamos escutar tudo a nossa volta para melhor entender o mundo em que vivemos.
Nas mãos de Luiselli, o romance volta a sua melhor forma: eletrizante, elástico, impressionante e novo - The New York Times.
Traz para o centro da discussão os erros que estão sendo cometidos com as crianças imigrantes.
Além de pedir que a complacência cega seja deixada de lado - LA Review of Books.
Uma impressionante mistura de empatia e intelectualidade que mostra a habilidade de Valeria Luiselli em conjugar político, histórico e pessoal - NPR.
Valeria Luiselli se recusa a aceitar um mundo pior - The Washington Post.
Como quem comprou avalia este produto
April 21 2025
Oi Aline! O livro se mostrou tocante e profundo ao mesmo tempo. Gostei muito destas diversas camadas, deste misturar ficção e realidade e da linguagem poética . Me agrada muito quando o autor pensa sobre a história como ela faz. Livro sensacional! Esta Ferrante entende mesmo do assunto…
April 21 2025
Aline, esse trecho que você leu no início me lembrou muito Lila, que coisa! Só notei quando você leu em voz alta. Esse livro é maravilhoso demais, que ótimo relembrar a discussão com o seu vídeo
April 21 2025
Olá
Gostei muito da Leitura deste Livro, especialmente a primeira parte. Valeu a indicação
.. Bora para o próximo??!
April 21 2025
Estou lendo uma coletânea de resenhas da Rosa Montero, e a que mais me impressionou, disparado, foi a de "O coração das trevas". Agora ele é citado de novo. Acho que está me chamando...
Quanto a Luiselli, nem sei porque ainda não li. Tenho certeza que vou amar. Adoro essa pegada reflexiva, de indagar os limites da narrativa e da própria experiência. E livros que aludem a outros livros, claro.
April 21 2025
Estava curiosa em conhecer suas impressões, Aline, que são sempre ótimas referências pra mim.
Gosto de alusões e de literatura menos convencional, e não me incomodo em absoluto com as narrativas mais lentas, de caráter contemplativo, até mesmo circulares nas repetições e sobreposições de camadas. Entendo como histórias que se desenvolvem num movimento em espiral. Concordo inclusive sobre a possibilidade da analogia com o eco, ideia que perpassa todo o texto. Porém, este livro não funcionou pra mim. Não achei um livro difícil ou, melhor dizendo, eu gosto de livros que exigem do leitor, mas não me senti surpreendida e recompensada pelas experimentações que a autora faz.
Exceção feita ao trecho "Cânion do Eco", que eu achei sensacional e que me tocou profundamente, o restante do livro me pareceu de uma redundância dispensável e cansativa.
Em resumo, considerando tudo isso, tenho alguma dificuldade em avaliar o que sinto sobre ele. Talvez, uma releitura, noutra oportunidade, me faça ter impressões diferentes.
Seja como for, muito bom seguir as leituras deste seu projeto. Estou gostando demais!
